RIO - Uma espécie de Moby da roça. Assim o cantor Otto foi definido pelo jornal americano "New York Times" em reportagem nesta quarta-feira que o apresenta para o público americano. O pernambucano está em turnê pelos Estados Unidos e prepara lançamento do CD "Certa manhã acordei de sonhos intranquilos", que chega às lojas americanas e brasileiras em setembro.
"No mundo da música brasileira Otto ocupa um lugar tão incomum quanto seu nome. Por mais de uma década ele tem sido visto como o cara que mistura eletrônica com tradicionais ritmos africanos que ele conheceu enquanto crescia numa cidadezinha do interior - uma espécie de Moby da roça", diz o texto do ex-correspondente no Brasil do jornal Larry Rohtter.
Nesta sexta-feira, o brasileiro fará uma apresentação no Damrosch Park Bandshell, como parte da série de shows ao ar livre "Lincoln Center's out of doors". Na reportagem, ele é tratado como um cantor sem vocação para ser um grande sucesso comercial, mas dono de um talento único.
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No mundo da música brasileira Otto ocupa um lugar tão incomum quanto seu nome
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"Transformação continua sendo a palavra-chave de Otto. Ele amadureceu, viajou e leu bastante. Foi exposto à novas influências e tornou sua rede mais ampla. Tanto que a música eletrônica agora é apenas um dos ingredientes de seu abrangente repertório", continua o texto do jornal.
Apesar do título "Brazilian, but with a different beat" ("Brasileiro, mas com uma batida diferente"), o preconceito para por aí. O quarto álbum de Otto é recomendado e elogiado pelo jornalista americano.
"O CD começa e termina com arranjos densos e bem amarrados. Tem letras que fazem pensar, alguns solos de guitarra desconstruídos, saxofone pela primeira vez e vocais de Julieta Venegas, a estrela pop mexicana, em duas faixas", finaliza.
RECOMENDE:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/08/20/otto-moby-da-roca-afirma-new-york-times-757494264.asp
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